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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Contando os dia


A noite é longa e se arrasta
pela madrugada fria e silenciosa
como um mar sem ondas.
No meu quarto de paredes nuas,
apenas uma réstia de luz penetra
pelas frestas da minha janela.
O meu ser está enfraquecido
apagando-se como vela na chuva.
Uma hora tenho a força do lobo
noutra, sinto-me impotente,
ali estática! No entanto, a minha essência
de mulher, renova-se sempre!
Ah! Meu amor, que tenha fim com brevidade
essa ausência!
Na intensidade dos segundos,
sufoco as horas!
Como dói este meu peito,
afogado na saudade.
Até breve meu amor!

Diná Fernandes

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