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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Soneto livre






No silêncio do meu recôndito
Vivo a te esperar  e premedito...
Que voltes prá matar minha saudade,
Só assim, outra vez terei felicidade


Minha cama continuará  vazia
Nos lençóis, seu cheiro me extasia
Sinto-me  nua, inteiramente nua...
Faz-me falta o calor desta pele tua


E o abraço que o meu corpo aquecia.
Assim, na ternura dos seus abraços
Entre sussurros e afagos eu dormia


Afrouxaram-se os nossos laços
A despótica distância quedou a euforia
O amor esfriou. Deixou marcantes traços!




Diná Fernandes





Guardei o lencinho branco





Guardei o lencinho branco
Manchado com seu batom
Hoje sentado no mesmo banco
Relembro o quanto  foi bom

Nosso primeiro beijo, tão franco
E tão sincero! Ouvíamos aquele som
Que marcou um momento único!
Saboreei, flutuei, perdi o tom

 Lembrança que não será apagada...
No silêncio recordo os momentos
Que eu cantava pra minha amada

Que faço com esta saudade malvada
Que embriaga meus pensamentos
E faz sofrer minha alma amargurada

Diná Fernandes