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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Versos Soturnos




Nas minhas noites insones e fantasiosas
Leio e releio suas cartas já amareladas
Meus olhos engolem as palavras amorosas
Momento taciturno chora a alma amargurada

Meu corpo lasso revigora em água de rosas
Debruço-me sobre as horas roubadas
Escrevo versos desejando contigo uma prosa
Me perco na ilusão que ainda sou a sua amada


Diná Fernandes

Contando os dia


A noite é longa e se arrasta
pela madrugada fria e silenciosa
como um mar sem ondas.
No meu quarto de paredes nuas,
apenas uma réstia de luz penetra
pelas frestas da minha janela.
O meu ser está enfraquecido
apagando-se como vela na chuva.
Uma hora tenho a força do lobo
noutra, sinto-me impotente,
ali estática! No entanto, a minha essência
de mulher, renova-se sempre!
Ah! Meu amor, que tenha fim com brevidade
essa ausência!
Na intensidade dos segundos,
sufoco as horas!
Como dói este meu peito,
afogado na saudade.
Até breve meu amor!

Diná Fernandes

Inspiração



Insurge assim de repente
Absoluta, impondo domínios,
Iluminando, vertendo palavras,
Determinado estilos.
E eu submissa, terei que ser veloz,
Obedecer ao comando,
ela passa rápida, deixa sua mensagem
e se vai como amor terminado, sem adeus...
-assim é a dona inspiração.

Diná Fernandes