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domingo, 26 de julho de 2009


sexta-feira, 24 de julho de 2009

Soneto da Saudade

Madrugada fria, silêncio nas ruas

Sinto uma vibração, entro em sintonia
Com o pulsar de seu coração em agonia
É minh’ alma que sintoniza a tua

A cada amanhecer a ausência me mata
Cada minuto sem você se vai minha alegria
Assusta-me a idéia de te perder um dia
Tenho fome desse amor que me falta

Quero acordar dessa dor e viver a magia
De estar em seus braços, e isso não me basta
Quero entregar-me nessa sinergia

Nossos corpos em plena e louca euforia
Ao som dos nossos gemidos como em cantata
Não nos importa que provoque até zombaria.

Diná Fernandes

sábado, 18 de julho de 2009

Experiência Virtual

Chegou tão de mansinho solicito e delicado
Ganhou espaço, conquistou o meu coração
E essa breve conquista, agora é passado
Nem amor, nem paixão, apenas confusão...

De um coração indeciso ou desolado
Imaturo talvez... ou mesmo um vilão!
Inconseqüente, teve o escárnio fracassado
E em porto empedrouçado, afogou sua ilusão

Para pisar o meu coração amaciado
Que já não se permite cultuar ilusão
Pise com a leveza do ar, ele que ser amado!

Nele só há espaço para comunhão
Recusa-se outra vez a ser fragmentado
Trague por tanto, a sua sórdida intenção

Diná Fernandes

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Influências da Natureza


São quatro ventos
a soprar meu s
insistentes
pensamentos,
que voam como
pássaro, com
alegria da liberdade.

São quatro luas
e quatro formatos,
se prateada,
ou dourada
não importa,
na sua mudez,
assiste à tudo
e nada revela,
é companheira dos
amantes,e inspiração
dos poetas.

São quatro estações
que interferem
na minha pele,
e nisso...
fico morena , branca,
ou desbotada, que
me chamam
de amarela...
todavia, não alteram
a minha composição.

São quatro elementos
parte da natureza,
cada um com
a sua importância,
sem eles seria
impossível
a sobrevivência
de todos os seres na terra.

Diná Fernandes

domingo, 5 de julho de 2009

Soneto do Vento



Oh vento! Não conheço a tua imagem
Apenas entendo a tua linguagem
No verão passa e o som é silente
No inverno, furioso e veemente

No outono, eriça as folhas dormentes
Na primavera chega menos imprudente
Em qualquer tempo, serás tangente
E as birutas agradecem alegremente

Desce sereno até, os mais baixos vales
Ao topo das montanhas sobes grandioso
Impiedosas tempestades causas nos mares

E assim, abstrato, misterioso e impetuoso
Os dias seriam sem teus cantares
Opressos,sisudos sem teu ar precioso

Diná Fernandes

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Silhueta


A luz da lua que a sua janela clareava
Deixava à mostra a silhueta imponente
A passear em seu quarto, e eu imaginava
A sua nudez... Devaneava como um demente!

Eu ali solitário... lascivo, e você não se entregava
Apenas provocava, o meu desejo era premente
Murmurava, sonhava, e em te eu passeava
Queria-te amante, insana, com teu corpo quente

Perdia-me na tua sombra que me deslumbrava
Ensandecia-me por querer-te tão veemente
E assim, as minhas noites você obsedava

E num ímpeto, em meu quarto se fez presente!
No teu oceano de mistérios, eu adentrava
Sorrindo disse-me... Amo-te! Foi eloqüente!

Diná Fernandes