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domingo, 31 de janeiro de 2010

Novo Dia / Novo Brilho - dueto


Como alma peregrina hoje anseio
Encontrar a vida que  sonhei outrora,
E se sofro Senhor, de onde me veio
Essa dor que me tortura agora

Pasmo à noite em cismar profundo
Pergunto a minha alma o q ela tem,
Se ela recorda um passado mundo
Onde sofri por causa de alguém.
 
Outra vida que prefiro esquecer,
É que nas trevas ela pode fenecer,
Levando a outros mundo sua energia.
 
Minha esperança a minha vida expande,
-Vou esperar que Deus me mande
O raio pleno de um novo dia.

Dazynha Estrela
 @@@
Novo  Brilho
Sem ordenações coerentes receio
Que a inconformação com o meu agora
Deixe-me perdida nesse entremeio...
É constante a agonia que aflora

Minhas noites abrigam as dores do mundo
Minh’ alma aflita sempre me apavora
Sinto-me um grão de poeira no mundo
Procuro a causa do meu sofrer, agora

Recordações inerentes ao meu querer
São como um negro véu a me envolver
Subtraindo da minha vida, a magia

Resta-me esperar que minha dor abrande
Que a Luz Divina seja a alquimia
Para um novo despertar como um brinde

Diná Fernandes


quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Tarde Inquietante

 Primeiro lugar no Concurso da Antologia Alma Brasileira-Projeto Mãos que Falam, concorrendo a um livro solo com 50 poesias. Muito feliz!!



Tarde morna de céu acinzentado
Pensamento solto... Inquietante!
Dói no peito o sentimento velado
Quisera alçar vôo como ave migrante

No poente ainda brilha os raios dourados
Do sol. Encanta-me o arrebol pujante
Introspectiva... Entrego-me ao passado
No coração, uma saudade arquejante

No regato, águas remanseando
A correnteza deslizando suavemente
Borbulham e seguem serpenteando
Finda o dia e minha tarde inquietante

O gorjeio das aves anunciando
O anoitecer. E a tarde suavemente
Vai caindo, caindo e adormecendo...
Nos braços da lua que chega sorridente.


Diná Fernandes

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Soneto livre






No silêncio do meu recôndito
Vivo a te esperar  e premedito...
Que voltes prá matar minha saudade,
Só assim, outra vez terei felicidade


Minha cama continuará  vazia
Nos lençóis, seu cheiro me extasia
Sinto-me  nua, inteiramente nua...
Faz-me falta o calor desta pele tua


E o abraço que o meu corpo aquecia.
Assim, na ternura dos seus abraços
Entre sussurros e afagos eu dormia


Afrouxaram-se os nossos laços
A despótica distância quedou a euforia
O amor esfriou. Deixou marcantes traços!




Diná Fernandes





Guardei o lencinho branco





Guardei o lencinho branco
Manchado com seu batom
Hoje sentado no mesmo banco
Relembro o quanto  foi bom

Nosso primeiro beijo, tão franco
E tão sincero! Ouvíamos aquele som
Que marcou um momento único!
Saboreei, flutuei, perdi o tom

 Lembrança que não será apagada...
No silêncio recordo os momentos
Que eu cantava pra minha amada

Que faço com esta saudade malvada
Que embriaga meus pensamentos
E faz sofrer minha alma amargurada

Diná Fernandes





sexta-feira, 15 de janeiro de 2010





"Deveríamos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado”
“A paz é uma conquista coletiva. Tem lugar quando encorajamos as pessoas, quando promovemos os valores culturais e éticos, as atitudes e práticas da busca do bem comum, que aprendemos com nosso mestre, Jesus. Como os pássaros, que cuidam de seus filhos ao fazer um ninho no alto das árvores e nas montanhas, longe de predadores, ameaças e perigos, e mais perto de Deus, deveríamos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado, promover o respeito a seus direitos e protegê-los.” ZILDA ARNS, trecho do último discurso .

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Revendo a vida






Revendo minha história, senti fome de mudanças
A coragem presenteou-me com um novo despertar
Rasguei velhas normas, poli os aranhões das andanças
Mas a sede de amor entrelaçada na alma, estar


Esta infinita teia  que em mim se enlaça
Como raízes que estão sempre a germinar
No território chamado coração que só o amor alcança
Onde não há dor nem solidão que o faça recuar


Entre os desacertos renasço e o desejo avança
Do nada me refaço mesmo que venha a chorar
O vazio de alegria se preencherá, a alma se lança...


Projeta-me para as mais longínquas estradas a buscar
Aquilo que a vida ousou roubar-me ... A esperança!
Deixando a porta entreaberta para o recomeçar




Diná Fernandes

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Questão de Amor








Misterioso este tal de amor
Provoca inesgotáveis sensações
Ora nos faz feliz, noutra provoca dor
Manda no coração, vai além das limitações
E eis que de repente é também traidor

Não deveria ser dissoluto, o amor
E sim, firme e unido como as constelações
Não se abalar ao primeiro furor
Transformando-o em desilusões
Dói, ver a morte do “sim” do amor

Sentir a alma nua sem mais ilusões
Como folhas de outono, perder a cor
Cultuar o passado, ignorar novas emoções
Amarelar a vida amargando o rancor
Trocar a renúncia por exaltações

Não sobrevive inseguro, o amor
Sufoca-lhe as expiações
Ciúme, incitamento e rigor.

Diná Fernandes



sábado, 2 de janeiro de 2010

E eis que chegou 2010








Agradeço a Deus por mais um ano,
pela saúde e o pão que não me faltou,
pela alegria dos amigos que conquistei
e que comigo compartilharam momentos,
em versos, em mensagens e desabafos.

Com muitos me identifiquei, outros apenas
permaneceram sem nada dizer, entre a virtualidade
 e o real, assim cheguei  a mais um novo Ano
esperançosa de melhores dias.

Este ano, não quero gerar expectativas,
quero apenas vivenciar momentos
que me proporcionem bem estar, sem que
eu venha meu tempo desperdiçar.

Quero a luz da natureza a me guiar,
não quero, nem pretendo erros passados repetir.
Farei qualquer esforço para não conceber,
muito menos viver emoções desastrosas e danosas,
aquelas que me permite um envolvimento
sem  consistência.

Darei mais atenção à intuição. Às vezes, ela vem
de forma clara, e a cegueira da emoção
 apodera-se da alma e da razão, e
 quando me dou por conta já aconteceu
de forma indesejada sem que nenhuma reação
tenha chegado a tempo hábil para uma decisão acertada.

Que o meu “eu” esteja sempre perceptivo, atento,
para não deixar escapar a luz que me chega, que por
vez me escorre como água entre os dedos.

E assim recebi 2010 com o senso mais AGUÇADO


Diná Fernandes