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domingo, 12 de setembro de 2010

Tristeza


Tristeza,não será no meu coração
que fincará suas raízes ...
Não queira tirar do meu sorriso...
A intensidade ou matizes.

Não me venha sutil
ou disfarçada de saudade,
Se fosse ao menos gentil,
Mas,tens cheiro de maldade

Leva tua sombra difusa
do meu olhar prazenteiro
que estou ficando matreira
com esta falta de juízo.

Tristeza calce a botina
e vá cuidar da sua vida...
Pegue o rumo da estrada.
Eu e a Diná só queremos dar risada.

Diná Fernandes


Teremos esse prazer um dia?


Essa minha alma vagante
Que pensa um dia ser poeta
Vaga como andarilha errante
Procurando uma porta aberta

Vaga como eterna militante
Por entre becos e retas
Buscando talvez uma ponte...
Não há ponte, há arestas

Arestas aparas e corte
E se grana não me resta
Sobra-me esta única fonte
Que a net me empresta

Até que um dia se encontre
Quem se lembre dos pobres poetas
Que batam à nossa porta e nos conte
Que publicar é gratuito... Oh festa!

Diná Fernandes

Sentires da tarde


Bordou o céu o vermelho rubro do arrebol.
Para que eu pudesse m’ nha alma desnudar
Naquela tarde que findava lenta como um caracol,

Sentei a beira mar, envolvida num cenário místico
Sentindo a brisa que soprava ventos poéticos
Bebi a beleza do pôr-do-sol como um licor energético

Que encanto que tem este céu e o mar
Que faz desabrochar esse desejo de versar

Como porta-voz, vem um tema ditar...

Diná Fernandes




sexta-feira, 3 de setembro de 2010

ALMA DE QUIMERA


Há nessa luz que me invade
Uma profusão de claridade
Aguça- me a inspiração
Despeço-me da transpiração

Nessa leveza incomum, flutuo
Convido alguém para um duo
Seja para falar dos amores
Ou até da beleza das flores

Chego com ares de primavera
colorida até a alma de quimera
Negaceio com o frio insistente
Floreio as horas, displicente

Há nesse poema que transcende
Um perfume forte que rescende
A amizade de grande porte
Faço-me estrelinha da sorte!

Diná Fernandes e Anorkinda





Abro o armário das estações
Chego, mudo o cenário
Dos jardins
Alegrando a festa da natureza
Com meu vestido de sol
Bordado de flores...
Sou a estação primavera!

Tinjo o mundo,
De cores e milhares de flores.
Beija-flores nervosos
De asas acetinadas
Borboletas voejantes
Todos sequiosos de beijos e néctar.
Sobrevoam felizes num
Bailado cadenciado.
Saudando a Estação Primavera!

Há um bosque e um ribeirão,
A água rumoreja, espreguiçando-se
Sobre as pedras em seu leito
Árvores e arbustos acolhem
A passarada que saltita
Alegremente com seu cantar
Homenageando a Estação Primavera!

No ar, há transformação,
O coração dos amantes
Já sentem a euforia
Vibram com o novo
Dia e novos sonhos
A vida tem mais cor
Nos corações mais amor.
Enfim, a natureza em êxtase!
E a poesia em festa!
Na Estação Primavera!

Diná Fernandes