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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Questão de Amor








Misterioso este tal de amor
Provoca inesgotáveis sensações
Ora nos faz feliz, noutra provoca dor
Manda no coração, vai além das limitações
E eis que de repente é também traidor

Não deveria ser dissoluto, o amor
E sim, firme e unido como as constelações
Não se abalar ao primeiro furor
Transformando-o em desilusões
Dói, ver a morte do “sim” do amor

Sentir a alma nua sem mais ilusões
Como folhas de outono, perder a cor
Cultuar o passado, ignorar novas emoções
Amarelar a vida amargando o rancor
Trocar a renúncia por exaltações

Não sobrevive inseguro, o amor
Sufoca-lhe as expiações
Ciúme, incitamento e rigor.

Diná Fernandes