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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Há um Oásis

O som do silêncio

O silêncio é o tormento da língua
É uma resposta sigilosa, é uma arte
O som do silêncio, à raiva míngua
Queda a fúria da outra parte

É o desafio que à boca adestra
Ensurdece a acuidade auditiva
A palavra ofensiva não prospera.
O calar, doma a alma sensitiva

Palavras mal colocadas pela euforia
Causa um posterior arrependimento
Calar para que o outro sorria
Evita certo constrangimento

Impulsos incontidos geram conflitos
Da mudez nasce o entendimento
A boca muda digere os atritos
Não macula o comportamento

Diná Fernandes

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Quando lhe vejo


Quando lhe vejo

Meu olhar geométrico,

Desenha a sua imagem
Da forma que eu desejo ver
E não exatamente como
Prá mim se apresenta.

Retiro um item aqui,
coloco outro ali,
reduzo o rebuscado
deixando-o menos belo.

Dou-lhe a face  que eu quero!
Talvez assim, a cobiça o ignore.

Diná Fernandes
 

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Sexo Forte?



Chamam-me de sexo forte...
-engano... Sou quebradiço
como cristal.

A falta do “Ser Mulher” faz-me
pequeno e indefeso, resumido
a um grão de areia... Aí...

-Sou solidão, coração partido
incapaz de suportar a dor
da ausência!
Sexo forte?
-Rendo-me à fortaleza da mulher!

Diná Fernandes

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Veneno



Sepultei em meus lábios
o sabor do teu último beijo.


Se mordo tua língua,
envenenada morreria!



diná fernandes

Há um tempo pra tudo












Há um tempo para amar e sonhar
Para esperar, para vestir-se de ilusão, 
Há também o tempo de chorar
E com as lágrimas lavar o coração

Há um tempo para esquecer
Todas as dores e tormentos,
Há um tempo para querer viver
Vida plena de encantamentos

É quando o coração se desnuda
Despede-se das mágoas se enche de luz
Livre dos grilhões e da boca muda
Liberta-se da alma ressentida

Diiná Fernandes

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Inocência Corrompida




Despertaram meu silêncio
Feriram minha inocência
E os meus sonhos de criança
Deles, só me resta à lembrança

A minha inocência velada
Insanamente desvirtuada
Minha alma de menina
Esgarçada como velha cortina

Agora o que è que eu faço
Qual a minha identidade
Sou menina ou retraço?

Corrompida pela maldade
Nas cinzas me desfaço
Da inocência só saudade

Diná Fernandes


domingo, 7 de fevereiro de 2010

Olhar

Olhos  serenos e coloridos
Cinza ou azul da cor do mar
Olhos de verdes  oceanos
Olhar navegante,
Em ilha  distante busca
um  cais para aportar

Olhos tristes e marejados
desfilam  na praia deserta
de minh’ alma
Olhar de queixume,
Lasso - estática esperança
entre águas mortas.

Diná  Fernandes

Seiva Divina


Como milagre divino
Brota do útero da terra
Tênue filete cristalino
A seiva da vida que revigora

De sabor insípido
É fonte de vida
É um bem por Deus permitido
É grandeza nascida

Água,
Sacias todas as sedes
Quando nos falta é fatal
Sofre o homem e o animal
Racha o solo de tanta sede

Escorre da mão divinal
Gotículas que se desprende
Das nuvens, num cenário teatral
Beleza que nos surpreende

Diná Fernandes