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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Buscando-te





E todo o dia eu vou como um perdido
De dor, por entre a dolorosa estrada,
Pedir a Dulce, a minha bem amada
A esmola dum carinho apetecido. (Augusto dos Anjos)


Empobrecido de ti,
sigo como louco nestes dias
de sol ardente, de ventos quentes,
consumido pelo abandono,
ouvindo o sopro do vento
a indicar os seu rastros.

E quando te encontrar,
que me olhe com seus olhos
desejosos de um reencontro aloucado.
Não vês o quanto anseio
e imploro teu amor?

Não deixe que eu venha
fenecer assim nesse abandono,
nessa atonia quase agonizando.
Só o seu beijo me reanimará.

E o amor transcendente,
jamais permitiria
a negação do almejado beijo.

Oh! Santa mulher,
fizeste-me renascer!

Diná Fernandes

Mistérios do Universo



‘’No misterio do sem-fim
equilibra-se um planeta.
E no planeta um jardim
e no jardim um canteiro
no canteiro uma violeta
e sobre ela o dia inteiro

entre o planeta e o sem-fim
a asa de uma borboleta.’’
CecIlia Meireles


MISTÉRIOS DO UNIVERSO

Em qual posição o espaço
geográfico se encontrará
para equilibrar um planeta?

Os mistérios existem,
jamais serão desvendados,
o homem busca a harmonia
aproxima-se dos elementos
e novamente sente o quanto
deles se distancia.
O homem consegue entender
a complexidade do Universo em que vive,
embora não consiga o domínio, por que este,
pertence ao sem-fim.

Diná Feranndes

Tempo


O tempo tem suas funções naturais,
fluir e “acabar”.
acaba a beleza,
o amor, as dores, as alegrias,
e segue indiferente a qualquer problema.
Há um tempo que impossibilita nossas ações.
Mas quem disse que o tempo acaba tudo?
Não! Há um amor resistente ao tempo...
o amor do poeta pela poesia, sua doação em versos
torna-o imortal.

Diná Fernandes

Medo de Amar



Quisera me fazer presente
Na distância do seu olhar
Se não vens me cortejar
Deixa-me assim carente

Nem meu grito veemente
Nem minhas lágrimas a brotar
Nada, nada lhe faze ver claramente
O quanto desejo em ti estar?

Ares de um ser indolente
E quer meu coração engerelar
O que será que tem na mente
Que não lhe permite vislumbrar

O meu desejo voluptuoso
Meu corpo um eterno abrasar
Querendo seu beijo gostoso
E so a você me entregar

E como pedra, assim inerte
Recusa-se ao amor abraçar
Oh! Que alma incoerente
Renegando um doce amar

Diná Fernandes