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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Despedaçada X Renovada

Quando me vi despedaçada
Em cada lágrima escorrendo
Fragmentos de um sonho perdido
Nada fiz para conter nem questionar
Como, onde e por qual razão
O destino estava mudando toda
Uma trajetória.

E como numa prece silenciosa
Dei tempo ao tempo, deixei que
Todas as lágrimas caíssem o tempo
Necessário, até que eu pudesse me recompor
Como num ato de renovação.

E evoquei a luz para clarear os meus dias,
O entendimento para um olhar venturoso,
A calma para analisar o que via,
O sorriso para tornar tudo prazeroso,
A humildade para aceitar o que eu sentia,
Enfim, era um conceito de paz que eu pedia,
Senti-me renovada nesse momento valioso!


Diná Fernandes

Querido confrade Fernando Couto, obrigada por mais essa linda parceria amigo, uma honra versar com vc!


..RENOVADA...............
Ah, por quê demoraste tanto
a perceber que cada lágrima
que pela tua face corria,
na magia do justo pranto
lavava miasmas de tu'alma
e a pura justiça se fazia?

Mas soubeste dar ao tempo,
por mais que fosse lento,
o espaço para te curar
e agora, com o coração limpo,
receber a paixão que o vento
traz, de longe, para te amar.

E assim, com a alma lavada,
não mais despedaçada,
como uma flor renovada,
estás pronta pra ser amada.
...........SP-22/11/10................
Fernando A. S. Couto.





Prenhez poética





Gestar um poema é
como esperar o amor,
é uma excitação vigorosa
gostosa, é coisa de mente e poros.

É uma sedução poética,
É um ventre sendo inseminado
com a dialética que estimula
a arte de compor com frenesi.

Como atrito em fios descobertos
neurônios se chocam,
Pensamentos explodem num
Facho de luz, despertando

um fascínio peculiar, e
as emoções próprias do sentir
vão parindo palavras envolventes,
que ultrapassam a razão.

E aquela vontade de permanecer
sonhando, escrevendo sem parar,
é como rolar nas nuvens, seguindo célere
e extasiado, suspirando amor pela poesia.

Diná Fernandes

Não sou poeta

Não sou poeta


Embora não seja poeta,
Sou esbanjadora de minh’ alma.
Imito as nuvens, dissipo meus versos
para uns, pode ter o brilho do Sol
para outros, apagados como um céu acinzelado.

Ah! Se a inquietude das águas,
viesse musicar os meus versos,
e com o seu cantarolar embelezar
o meu poema!

Vou seguindo o meu destino
gastando, com meu jeito perdulário,
se ganho não importa,
se perco já nem sei o quanto, sei apenas
que tenho alma aventureira...

Hei de buscar alguma magia
que venha embelezar os meus versos,
nesse dilema entre ser e não ser
polvilho minhas asas com o brilho
das constelações e ilumino minha trajetória.

Diná Fernandes